Isso é, se a ideia era boa
Por
MIKA
O anime da analise de hoje, confesso que eu não estava com
saco pra fazer analise, mas me sentir obrigado a faze-la. Não porque me
pediram, mas é porque tem um amigo que não vou citar o nome que está em duvida
se assiste esse anime ou não. Decidi carinhosamente fazer esta analise para ele
ver que tipo de anime ele está encarando. Enfim, o anime se chama Strike the Blood, e eu diria que é um
sinônimo para “desperdício de ideias boas”. É um anime de outubro de 2013, e eu
devia fazer a análise logo quando acabou, em março, mas acabou que não estava
com vontade. Desta vez foi! Afinal, o que deu errado para STB? O que ele tinha para dar certo, mas não deu?
Eu critiquei bastante STB pelas redes sociais. No começo até
tinha gostado, mas com o passar dos episódios comecei a perceber algumas coisas
erradas. Nunca cheguei a fazer um texto sobre ele mas
agora chegou a hora de desabafar! Podem
me xingar e criar comunidade no Orkut ou no Facebook me xingando. Ah, e
para ser justo, eu assisti o anime de novo em uma madrugada, somente para ver
se minha opinião mudou em relação a alguma coisa. Será que isso ocorreu? Enfim,
vamos para a tortura analise.
A
história
O
Quarto Primogênito – O vampiro mais poderoso do mundo que deveria
existir apenas em lendas surge no Japão espalhando calamidades junto de 12 Kenjuu. Para observar e obliterar
esse Quarto Primogênito, a organização Lion King envia um agente intitulado
“Shaman Espadachim”. No entanto, por alguma razão, a escolhida para missão
acaba sendo Himegari Yukina, apenas
uma aprendiza na arte da Espada Shaman que agora terá que enfrentar o poderoso
vampiro. Acontece que tal vampiro passou seus poderes para um estudante de 16
anos chamado Akatsuki Koujo, que
luta para tentar ter uma vida normal. O que acontecera com Koujou e Yukina em
relação a esta situação?
Considerações
Técnicas
Eu já vou começar dizendo que realmente não
gosto de Strike the Blood e esse post é a minha opinião sobre o anime. Agora,
me respondam uma coisa: Vocês conseguem
ver todo o potencial que esse anime tem só lendo essa sinopse? Tá, não é uma
ideia totalmente nova, já vimos esse tipo de coisa em vários animes de vampiros.
Mesmo assim convenhamos que é uma ideia que empolga. Mas STB não consegue
explorar esse ótimo plot e nem chega perto disso. Mas
para vocês entenderem vai ter de ser aos poucos. Irei pelo ritual padrão,
falando primeiro dos personagens.
Yukina
Himeragi seria a garota principal do anime, poderia cumprir um papel
semelhante ao da Rukia em Bleach (até o cabelo é meio parecido). Só que na
maior parte das vezes, ela acaba sendo a protagonista, sempre é quem derrota o
inimigo, enquanto Koujou dava o suporte. Me pergunto se não era isso mesmo, ela
ser a protagonista, mas tem certo fato que me faz pensar se estou errado em relação
a esta afirmação, mas mais pra frente eu explico que fato é esse. De qualquer
forma, a Yukina é uma personagem mediana, até gosto dela, ela consegue cativar
em alguns momentos e ser bem divertida. Em outros ela irrita. Aliás, é entre
ela e Koujou que acontece um específico momento irritante:
“Le
eles enfrentando inimigo:
Koujou:
Irei te derrotar! Essa é minha luta!
Yukina:
Não, senpai. Está é nossa luta!”
PELO AMOR DE DEUS, QUE COISA MAIS CHATA!!!! EM TODO SANTO
EPISÓDIO ELES REPETIAM ISSO, JÁ TAVA ENCHENDO O SACO!!! E SE ERA A LUTA DELES, POR QUE NA MAIORIA DAS VEZES A YUKINA LUTAVA
SOZINHA E O KOUJOU FICAVA SÓ OLHANDO????
A Asagi Aiba era
uma garota que, pelo que vi na maioria dos comentários em episódios, é a
favorita do grande público. Todo mundo adorava ela, mais do que a Yukina. No
fim, a Asagi conseguiu cumprir seu papel até o fim: Ser a “amiga do protagonista secretamente apaixonada por ele e que nunca fica
sabendo da verdade”. Mas ela pelo menos fazia mais coisas que o Kojou, ela
era uma espécie de hacker muito
inteligente. Seu único ponto fraco foi
se apaixonar por um babaca feito o Koujou...
Outra personagem era a Kirasaka Sayaka, que era uma
personagem até que divertida, só que ela também irritava em alguns momentos.
Ela até tinha sua utilidade na trama, mas no geral ela acabou sendo só mais uma
garota apaixonada pelo protagonista... Ah, e era ela quem pagava de “gostosa
peituda do anime” (junto da La Folia).
A personagem que mais gostei era a Minamiya Natsuki, uma professora baixinha que sempre se vestia de Gothic Lolita, porém era uma maga bem
poderosa, e mesmo com seu jeito sério era divertida. Eu acho ela o melhor personagem
de STB, porém ela não teve tanto destaque quanto merecia, somente no arco do
Labirinto da Bruxa Azul que ela acabou sendo o centro de tudo. Na boa, somente por ela e pela Yukina eu
continuei este anime.
Não vou falar de todos pois STB tem uma incrível gama de
personagens. São muitos mesmo! Mas
grande parte desses personagens são dispensáveis, como Nagisa, a irmã do
Koujou. Tem um ou outro que ainda servia para alguma coisa como a Kanon Kanase.
Mas no geral, os personagens secundários apareciam em uma saga e depois não
apareciam mais. E alguns deles era justamente personagens que poderiam ter uma
importância maior, poderiam ser fixos, mas nada disso acontece. É um desperdício total de personagens, que
eu me pergunto qual a necessidade de ter criado alguns deles.
Ah, vou dar destaque para um personagem que só agora me
lembrei dele. É um cara que usa uma espécie de fones para voar, algo assim. O
cara aparece de vez em quando, e o anime tenta passar a falsa imagem de sua
importância, mas no geral ele aparecia fazendo alguma coisa que aparentemente
teria importância na trama, depois ele sumia. Tamanha falta de importância dele
que nem sei qual o nome dele, só sei que era amigo da Asagi e do Koujou. Nem no
último episódio ele aparece direito. Se
o cara tinha importância, então afirmo que ela foi totalmente desperdiçada.
Agora a trama do anime. Posso afirmar uma coisa: Os 8 primeiros episódios você vai amar. Ali,
tudo é novo, temos batalhas frenéticas, tem uma boa apresentação de
personagens, poderes pra tudo quanto é lado. Um romance entre Kojou e Yukina
(seria facilmente resolvido o caso da Asagi), era uma coisa bem legal. Ali,
muitos afirmaram ser o seu anime favorito, e como eu disse no início, eu também
achei muito legal. A partir do finalzinho do 8 e seguindo do 9 em diante, as
coisas mudam. Isso por causa de dois problemas específicos. Vou começar a falar
de um que poucos criticaram: Em STB, a trama funciona num sistema de arcos, ou
seja, a história se divide e “aventuras menores’’, e em cada aventura aparece
um personagem diferente e um boss
diferente para a dupla de protagonistas enfrentarem. Algo parecido com o que
ocorre em One Piece e Fairy Tail. Com um diferencial: Enquanto em OP e FT os
arcos tem certa ligação e vemos a evolução dos personagens, em STB isso não
ocorre. Um personagem, seja boss ou
secundário, aparece em um arco, e no arco seguinte ele não aparece mais (só a
La Folia é exceção, ela aparece em dois arcos). E várias coisas que acontecem
em determinado arco não surtem efeito no arco seguinte, como ocorre em FT e OP.
No arco seguinte, parece até que os personagens se esqueceram do que ocorreu
anteriormente, ficando com a imagem que perderam a memória. E sobre a evolução:
Só em poderes, e somente Kojou ganha novos poderes (que nem chega a usar), mas
no resto ele continuou o mesmo. Esse sistema de arcos mal utilizado pode se
tornar bem cansativo e chato, pois no fim cada arco acaba sendo “mais do
mesmo”. Com o diálogo entre Yukina e Kojou que citei acima, a sensação de deja vú aumenta mais. Aliás, a qualidade
dos arcos decaí conforme a história: Se no início os arcos eram legais, com o
decorrer dos episódios eles acabam sendo muito chatos e sem nenhuma novidade,
como é o caso do arco do Alquimista, que pra mim os caras tentaram remendar
coisas de Fullmetal Alchemist com STB, e saí algo bem dispensável.
Por causa deste harém, personagens interessantes e com fama
de “certinhos” como a Asagi, por exemplo, tomam atitudes bem ousadas
negativamente, como se despir na frente do protagonista. Aliás, Kojou ficou
ainda mais com cara de banana, pois várias garotas o beijam no decorrer do
anime, e ele não toma nenhuma atitude, dando a impressão que ele quer manter
este harém ou que ele é um burrão mesmo. A sacanagem é tanta que em determinado
momento do anime você se pergunta o que diabos está acontecendo com os
personages. Fora que com o ecchi, STB acabou sendo só mais um “anime ecchi de
ação” no melhor estilo Highschool DXD ou Mushibugyou. E o pior é que o harém em nada ajuda na história, só piora. É uma bola
de neve gigante.
A animação é a única coisa que se salva, ela é muito boa, os
movimentos das personagens fluem bem, as cores são boas, o HD funciona bem e o
3D é bem utilizado. Porém, algumas coisas ali me passou uma sensação de serem
tiradas de Toaru Majutsu no Index, mas isso não atrapalha a animação. Se
levarmos em conta que STB é um dos animes mais caros desenvolvidos pelo estúdio
Silver Link (o mesmo de Tasogare Otome x Amnesia, Baka to
Test to Shōkanjū e Kokoro Connect)
em parceria de um pequeno estúdio chamado CONNECT, o
negócio devia de ser algo bem ambicioso que na cabeça dos caras seria “Vamos
fazer o anime mais bonito que existe, foda-se quanto dinheiro gastarmos, pois
logo teremos retorno”. É, eles não pouparam grana não. O preço eu não sei quanto foi, mas sei que STB foi o anime com o maior custo
que tivemos em 2013. E podemos ver na tela cada centavo (no caso iene) gasto
para essa produção. Mas do que adianta o anime ser bonito quando a história não
rendeu? Apesar do character design de
Keiichi Sano (o mesmo de Heaven’s Memo Pad) ser lindo e a trilha
sonora comandada por Magic Capsule (o
mesmo de Suisei no Gargantia) ser
boa, com direito a músicas da Altima
e do Kishida Kyodan e The Akeboshi
Rockets (banda que ficou famosa por causa do seu tema de abertura para Highschool of the Dead), nada disso
adiantou quando a direção de Hideyo
Yamamoto (de The New Prince of Tenis)
foi incompetente e os roteiros de Hiroyuki Yoshino (o mesmo de Guilty Crown, não confundir o
roteirista com o dublador de mesmo nome) foram confusos.
Comentários Gerais
Strike the Blood tinha tudo para ser um dos melhores animes
de 2013, mas acabou jogando tudo isso fora. Ele acabou seguindo pelo caminho
errado, e deu nisso: Personagens chatos,
um protagonista babaca, um harém desnecessário, um humor forçado, uma história
mal contada e um universo que seria interessante de ser explorado só que
fizeram isso da maneira INCORRETA. A forma como ele se desenvolveu e onde
acabou resultou em uma ideia desperdiçada. Voltando a pergunta que fiz antes de
começar a analise, podemos afirmar que pela sinopse vemos um potencial e uma
história boa, mas quem assiste, ou seja, vai mais ao fundo, verá que não é nada
disso. STB tinha potencial, pelo menos nos primeiros episódios, mas depois
disso tudo é jogado fora, uma ideia que seria boa acaba sendo desperdiçada.
Falando em outras palavras, a ideia que é boa em si só acabou sendo usado no
anime errado, o que é uma pena.
O anime se baseia em uma light novel de Gakuto Mukudo e Manyaco,
publicada pela editora ASCII Media Works,
na revista Dengeki Bunko Magazine,
especializada na publicação de light novels. A revista é o lar de séries
famosas como Baccano, Durarara!!, Kino no Tabi, C³, Sword Art Online e outras – todas que
acabaram gerando um anime, por sinal. A novel conta atualmente com 10 volumes
publicados e o autor lança em média
4 volumes por ano, e pelo que sei o anime adaptou 6 volumes da novel.
STB com
certeza foi um dos piores animes que vi em minha vida, botei fé para que ainda
melhorasse, mas só piorava. STB acabou por se tornar mais um anime
esquecível. Eu com certeza não recomendo este anime, vai ser uma perda total de
tempo. Só recomendaria até o episódio 8, pois até ali o anime ainda tem um
potencial. E, como o final acaba sendo idêntico ao final de todos os outros
arcos, acho que considerar o 8 como o último é o mínimo. Se você quiser seguir
do 9 em diante, aviso que não vai valer nada. O tempo que você vai desperdiçar vendo esse anime poderia ser usado
para ver produções melhores como Magi e Durarara.
Por
MIKA
2 comentários:
Pelo menos em DxD ele faz s*** com as minas, não fica só com cara de bunda. Kkkk
O protagonista de DxD no caso kkkk
Postar um comentário