Por
MIKA
O sobrenatural nunca teve um grande amor por... Óculos! Até
agora...
E mais uma temporada de animes chega ao fim. Outubro nos
proporcionou animes de grande diversão, como os engraçadinhos Outbreak Company e Yuusha ni Nare na Katta ore wa Shibushibu Shuushoku wo Ketsui
Shimashita (o ecchi semelhante à Maou-sama!),
e até mesmo o esportivo Diamond no Ace.
Tivemos ainda a estreia de animes que vão durar mais uma temporada, como Strike The Blood, Golden Time, Magi: The
Kingdom of Magic, Kuroko no Basket 2
e Log Horizon (o anime semelhante a
SAO). E aqui neste post, analisarei um anime desta temporada de outubro de 2013
que chega ao fim: Kyoukai no Kanata. Vale lembrar que este texto vai mais por
minha opinião, por isso podem me criticar nos comentários e dizer sua opinião
sobre o anime em questão. Então, vamos seguir em frente!
A história
Kyoukai
no Kanata conta a história de um garoto chamado Akihito Kanbara, que na verdade é meio humano e meio “Youmu”, uma
criatura que consegue se curar rapidamente de feridas e machucados. Em um novo
ano letivo, Akihito conhece Mirai
Kuriyama, uma garota que tenta se suicidar pulando do telhado do colégio.
Akihito salva a garota da morte, mas mal sabe que ele está se envolvendo com a
única pessoa do mundo, até mesmo espiritual, a conseguir controlar sangue. A
partir daí surge uma história de suspense e de extrema tensão que te prende a
cada instante que passa.
Considerações
Técnicas
Vamos por partes: Primeiramente, falarei dos personagens. O
nosso protagonista, Kanbara Akihito, é como qualquer protagonista de shonens:
Uma pessoal de vida normal (apesar de ter algum poder) e tem a vida alterada
devido a um encontro inesperado com uma garota. Não pude deixar de me lembrar
um pouco de Bleach e do recente Strike The Blood. Em STB, por exemplo,
logo no inico do anime o protagonista já tinha um grande poder. Aliás, em certo
momento me lembrei de Naruto, ao
revelarem que o Akihito tem um poderoso youmu dentro dele, um youmu perigoso.
Durante o anime todo, o garoto parecia um cara inútil até que enfim, no último
episódio, ele foi lutar. Fora que ele é engraçado devido a sua tara por meninas
com óculos. Já a nossa amiga, Mirai, ela faria o mesmo papel da Rukia em Bleach e da Yukina em Strike The Blood: ser a garota com quem
o protagonista topa e acaba dando uma mexida no mundo dele. Porém, a Mirai é
bem atrapalhada, e apesar de ter seus momentos moe, ela ás vezes é muito chata, me irritando um pouco. Porém, eu
gosto dela, e na maioria das vezes, ela é mais protagonista que o próprio
Akihito. Além disso, ela possuí poderes incríveis, o de manipular o sangue.
Aqui, eu me lembrei de Deadman
Wonderland...
A Mitsuki e a Sakura são minhas personagens favoritas.
Apesar de não ser mencionado, para mim ficou claro que a Mitsuki é apaixonada
pelo Akihito. Ela, com aquele jeito sério de kuudere (ou seria dandere?),
fez dela uma personagem bastante popular. A Sakura também é meio assim, fora
que acho divertida quando ela dorme de pé. Fora que ela é muito fofa!
Ainda tivemos a presença de Hiroomi, o cara divertido com
tara por “irmãzinhas”, e as youmu Ayaka e Ai (mesmo esta última ser uma
personagem exclusiva do anime). E a personagem Izumi, de quem eu não gosto nem
um pouco. Enfim, tem personagens para todos os gostos, por isso não adianta
reclamar que não tem personagens para você gostar. Pode gostar de todos, mas acredito
que odiar todos você não irá odiar.
Mas com tantos personagens, como foi o aproveitamento deles?
É aí que entra a falha do anime. Já tinha falado na minha analise sobre o
Kamisama no Inai Nichiyoubi sobre o mau aproveitamento dos personagens
secundários. Isso se repete aqui, só que de outra forma: Apesar de não ter o
entra e saí de personagens secundários como em KamiNai, eles são deixados de
canto. Poucos destaques tiveram. A Mitsuki é um exemplo. Não é porque eu gosto
dela, mas acho que ela era uma personagem que poderia muito bem ter mais
destaque no anime. Confesso que achei
que a falta de utilidade dela no anime seria para surpreender no final, mas
infelizmente me enganei. No episódio final, ela mesma declarou que queria
lutar, já que por anos ela sempre era a que ficava de fora, e nisso achei que
finalmente a garota iria fazer algo muito foda. Mas não, o vilão se isolou junto
da Izumi em uma dimensão diferente, e pronto. Acabou com tudo. Mais uma vez a
Mitsuki ficou sobrando. Não só ela como outros personagens. Pois é, personagens
demais, tempo de menos.
Voltando a trama, vi muita gente que leu a light novel
reclamando, pois o anime é um resumo da light novel, por isso eles cortaram
algumas coisas. Eu não me importei muio, só achei ruim o mau aproveitamento de
personagens e dos mistérios apresentados. O episódio 06 foi um filler que, para muitos, foi
desnecessário. De fato, não contribuiu nada para o anime, mas deu para nós nos
divertimos um pouco.
A animação é boa, bem detalhada. O 3D também está impecável.
O traço... Bem, só de olhar sabemos que é um anime da Kyoto Animation (mesmo estúdio de Clannad, K-On!, Suzumiya Haruhi, Hyouka e do recente Free!)
devido ao character design, Miku
Kadowaki, ser o mesmo de outros animes do estúdio, como Chuunibyou, K-On!, Hyouka e Free!. Parece até que personagens como Haruka Nanase (Free!) ou Eru
Chitada (Hyouka) foram transportados para o anime. Por isso, só de ver, você
sabe que é mais um trabalho da KyoAni (com exceção de um anime chamado Kokoro Connect, que apesar do character design ser do mesmo que faz os
da KyoAni, este anime é de outro estúdio, o Silver Link.). Aliás, um dos recursos visuais em animes produzidos
pela KyoAni é o uso muito distinto de padrões de chão, que tem sido usado em
todos os seus trabalhos até hoje, o que justificaria a beleza do anime, que
para mim, é um dos que teve a melhor animação nesta temporada. Os personagens
principais são bem construídos. Os secundários, nem tanto. O anime contou com a direção de Taichi Ishidate (que esteve na equipe
de Suzumiya Haruhi, Nichijou e outros da KyoAni), roteiros
de Jukki Hanada (Level E) e trilha
sonora de Hikaru Nanase (Galaxy
Angel). O tema da abertura do anime é cantada por Minori Chihara, a dubladora da Mitsuki, e que fez um bom trabalho,
já que a música em si foi feita para o anime.
A dublagem contou com dubladores como Kenn (o Jinbei Tsukishima de Mushibugyou)
no papel de Akihito; Risa Taneda (a
Yukina Himeragi de Strike the Blood)
no papel de Mirai; Minori Chihara (a
Yuki Nagato de Suzumiya Haruhi); Tatsuhisa Suzuki (o Yoshida Haru de Tonari no Kaibutsu-kun) no papel de
Hiroomi, e outros dubladores bons e dedicados. Enfim, tiveram bastante cuidado
e delicadeza com Kyoukai no Kanata, o que já mostra que este anime possuí tudo
para agradar aqueles que são mais rabugentos.
Comentários Gerais
Kyoukai
no Kanata conseguiu conquistar muita gente, mas ainda falta pouco para ser um
grande sucesso como Shingeki no Kyojin. É louvável que o anime possuí
muitas coisas boas, mas ainda sim, não é algo que vá fazer um sucesso enorme.
Para mim, ele fica no mesmo nível que KamiNai, só que de outra forma. Ambos conseguiram
me agradar, mesmo tendo suas falhas, mas KamiNai conseguiu ir mais além do
esperado, enquanto Kyoukai no Kanata só foi até a metade da expectativa. Pela proposta, era para ser um anime
sombrio de fantasia e mistério, mas eu pouco senti isso. Tanto que teve gente
que começou a assistir esperando um anime de terror, algo inédito para a KyoAni
(quem conhece os animes do estúdio, vai entender). Mas Kyoukai no Kanata acabou
ficando como Hyouka: com o clima de mistério, mas sem reforçar muito a proposta
(apesar deste ser um dos poucos animes da KyoAni que tem presença de sangue).
Enfim, só posso dizer que
Kyoukai no Kanata é um anime engraçado e emocionante. Adaptado de uma light
novel escrita por Nagomi Tourii e com ilustrações de Tomoyo Kamoi, e publicado
pela própria Kyoto Animation, Kyoukai no Kanata é, com toda certeza, uma história realmente apreensiva, com
a qualidade que a KyoAni sempre disponibiliza em suas animações e com uma
equipe de qualidade para o projeto. Se “Hyouka” já foi considerado por muitos
um marco para o estúdio dentro do gênero, provavelmente Kyoukai no Kanata
conquistou de vez aqueles que ainda não se renderam ao estúdio. A light novel,
inclusive, já ganhou uma menção honrosa no prêmio Kyoto Animation Award na categoria de Light Novels em 2011. Aliás,
antes mesmo da KyoAni decidir produzir o anime, o estúdio já havia feito um
comercial para ajudar na divulgação da obra, como pode ver abaixo:
Porém, infelizmente, o anime
não ajudou muito nas vendas da light novel, e provavelmente as vendas do Blue-Ray
não sejam tão boas. Por isso, acredito que a possiblidade de uma 2ª temporada é
muito difícil. Mas, quem sabe, em um futuro não muito distante, voltemos a ver
Kuriyama Mirai e Kanbara Akihito.
Por MIKA
Nenhum comentário:
Postar um comentário