Uma singela homenagem aos 700 capítulos de um dos maiores legados do mundo dos mangás e animes
Por
MIKA
No fim do século passado, um mangaká ganhava o Hop Step Award, um concurso organizado
pela editora Shueisha, com um mangá
chamado Karakuri. Ele então foi chamado para serializar uma nova série, mas
para isso, precisava em determinado prazo apresentar um novo projeto. O coitado
do mangaká acabou passando por uma crise criativa, nada surgia em sua cabeça,
parecia que quando a responsabilidade chegou, ele simplesmente travou. Iniciou
vários roteiros, criou vários personagens, mas para ele, nenhuma de suas
criações iria pra frente, e o prazo já estava acabando. O resultado foi uma
enorme depressão (quem trabalha com quadrinhos ou livros sabe como é difícil
criar algo que vá pra frente, realmente causa uma depressão). Só que foi nessa
depressão que ele acabou encontrando entre seus desenhos antigos esse aqui
embaixo:
Esse desenho ele fez quando tinha 14 anos. Foi quando o
mangaká lembrou-se que ele não jogou fora esse rabisco porque tinha gostado
muito do desenho. A partir dali ele decidiu parar de se torturar em busca de
inspiração, e passaria a trabalhar em cima desse desenho que ele criou. Só o
que ele precisava era de uma temática, e o resto ele se basearia em fatos de
sua vida, só que inserindo elementos fantasiosos. Assim, em Setembro de 1999,
iniciava-se a publicação do então mangá. O mangaká se chama Masashi Kishimoto. E o mangá, Naruto. Era o início de uma era, se
posso dizer assim. Uma legião de fãs era formada ao redor do mundo. E o mundo dos mangá se animes mudaria para sempre.
E agora, 15 anos depois, enfim, ele chega ao fim. Enquanto isso, a saudade vai bater. Uma saudade de um mangá que muitos acompanharam semanalmente durante 15 longos anos e que teve personagens que marcaram uns e outros, além de várias batalhas, muitas delas empolgantes. Independente da história, esse sempre foi o grande ponto forte de Naruto: personagens que cativaram seu público e batalhas dos quais era difícil desviar os olhos. Talvez um defeito e uma qualidade ao mesmo tempo, por que não? Mas pelo menos todo mundo vai lembrar-se do “Se Liga!” ou “Datebayo!” do Naruto, do “Ai Sasuke” da Sakura, do “Naruto-kun” da Hinata, do rosto encoberto do Kakashi, Sharingan, dos jutsus, da Kyuubi/Raposa de Nove Caudas, de Konoha/Vila da Folha... É muita, mas muita coisa que marcou história. Naruto marcou uma era, e negar isso é besteira, haterismo puro. Cumpriu sua missão e será lembrado durante muito tempo. Construiu uma história duradoura e um mangá que dificilmente envelhecerá durante os próximos 5, talvez 10 anos. São poucas as séries da Shonen Jump que conseguem alcançar essa marca de capítulos nos dias de hoje, e isso é louvável. Ao longo de sua carreira, o título acumulou vários recordes. O anime é o mais lucrativo da TV Tokyo, superando até Pokémon. Conta com quase 140 milhões de cópias vendidas somente no Japão, tendo estado muitas vezes no topo da Shonen Jump; na França, dados do ano passado falam em 13 milhões de exemplares vendidos. No mesmo ano a revista License! Global o nomeou como 140ª marca com mais licenças no mundo pela Viz Media. Somente até 2008, 90 países já tinham direitos de exibição da série de TV, além de outros produtos licenciados. Nas lojas de produtos otakus, os produtos do ninja são um dos mais vendidos, dentre camisetas, canecas, chaveiros, action figures, carteiras... Não é pra qualquer um.
Não é exagero dizer que, assim como Dragon Ball ou
Cavaleiros do Zodíaco, Naruto foi uma das principais portas de entrada para o
mundo otaku aqui no Brasil. Conheço pelo menos muita gente que é otaku hoje,
mas que começou vendo Naruto no SBT. Ou mesmo quem não assiste Naruto chegou a
assisti-lo alguma vez na TV. Naruto foi um dos maiores
marcos de animes na TV brasileira, se tornando até mais conhecido que One Piece.
Apesar do sucesso, porém, tem aqueles que não suportam esse
anime, que chegam a dizer que a história era a pior já feita e quem gostava era
um idiota (coisas normais de internet). E muitas dessas ofensas têm razão:
Naruto cometeu erros ao seu desenrolar, erros dos quais afastou muita gente.
Mas o que foi Naruto? Por que ele se tornou um fenômeno? De
onde vem seu sucesso? Ele possui uma importância maior? Afinal, realmente
Naruto deixou um legado?
Essa é apenas uma pequena homenagem de um redator que um dia
já foi muito mais fã de Naruto, mas que não se esquece dos bons e divertidos
momentos com a série. Um texto para matar a Nostalgia dos fãs que ficaram
órfãs, e também apresentar para a nova geração esse legado todo. Claro que este
texto vai mais por minha opinião, por isso podem me criticar nos comentários e
dizer sua opinião sobre o anime/mangá em questão. ‘Bora?
A história
Em um mundo de Ninjas, um monstro em formato de uma raposa de nove caudas ataca Konoha, a Vila Oculta da Folha. O Quarto Hokage, o líder da Vila, o selou em um bebê recém-nascido. Tal criança era Naruto Uzumaki, e por carregar esse perigo em seu corpo, era ignorado pelas pessoas, que o viam como um monstro. O garoto, sem aceitar isso, decide se tornar um ninja, para consequentemente se tornar o novo Hokage, assim todos o reconheceriam. Claro que todos riam de seu sonho, e mesmo sendo o pior aluno da classe e ficar fazendo vandalismo pela cidade (só para chamar a atenção e para que todos o notem, mesmo que seja xingado), ele acaba tendo o apoio de algumas pessoas, como Iruka, um professor que mesmo lhe dando várias broncas, sempre o motivo e dá o apoio total; do Hokage, que sabe a verdade por trás daquele incidente; e também de uma garota chamada Hinata Hyuuga, que é muito frágil e tímida, e queria ser mais forte, e ao conhecer Naruto, acaba tendo admiração por ele, e mais tarde, amor. Ao ser selecionado para entrar em um time de ninjas, ele caí na Equipe 7, junto de Sakura Haruno, sua grande paixão
Considerações Técnicas – O Mangá
Vou avisando previamente que não planejo fazer comparações de seu roteiro ou personagens com os de séries como Bleach, One Piece, Dragon Ball, nada disso. É um post só do Naruto, e de mais ninguém. Aliás, estou tendo o cuidado de não mencionar spoilers por aqui, para a segurança daqueles que lerem esse post daqui alguns anos ou meses procurando saber o que é Naruto. Como disse anteriormente, o mangá marcou uma era. As pessoas sempre viam nele uma trama com elementos que fazem muitos se apegarem a história: porrada, poderes, personagens agradáveis e é isso aí. A verdade é que eu guardo um carinho especial por Naruto e não preciso esconder isso. Tanto anime como mangá sempre atenderam as minhas expectativas em relação a lutas.
Mas e os personagens? Bom, como
falei, eles são carismáticos, cada um ao seu modo. Claro que tem uns odiáveis,
mas pelo menos o número de odiáveis iguala com os de amáveis.
Naruto Uzumaki é apresentado como o idiota que insiste em tentar algo que para ele
seria impossível, é hiperativo e só quer chamar a atenção. Porém, ele é, o que
podemos dizer, a representação do que as pessoas poderiam ser: Persistentes
em seus sonhos. É fácil encontrar gente que desiste fácil de seus sonhos
por causa de uma dificuldade ou outra, poucas pessoas realmente vão se empenhar
em superar aquilo. Talvez a maior identificação com o Naruto seja a solidão:
Quando você passa grande parte de sua vida solitária, e então você deve se
erguer e fazer amigos (no caso, criar laços). Por mais burro e chato que o
Naruto seja (algo que foi mudado ao longo do tempo, pois ele foi amadurecendo e
se tornando o bom moço), é o loiro quem acaba cativando mais os leitores. O que
as pessoas menos gostam nele seria a obsessão dele pelo Sasuke, do qual não
vejo nada demais. Mas as caras dele são bem escrotas e engraçadas.
Sasuke Uchiha é apresentado, inicialmente, como o popular garoto sombrio. A princípio,
ele é o tipo de cara que você realmente odiaria de ter por perto. Com tudo, ao
passar do tempo, torna-se um dos personagens mais interessantes e importantes
da história, além de um dos mais amados pelo público feminino. Com certeza, sem
ele, a trama não iria render o suficiente.
Sakura Haruno, pra mim, é uma das personagens mais chatas que já vi em um anime. Ela
é a figura feminina principal, mas o jeito como ela age, nossa, dá vontade de
mata-la.
Kakashi Hatake é um dos melhores personagens. Gosto bastante da personalidade dele, e
quando ele faz dupla com o Maito Gai, é uma comédia! Não tem como não se
divertir com esses dois.
Naruto tem uma penca de
personagens, não vou falar de todos, obviamente. Mas, não posso encerrar essa
parte dos personagens sem citar Hinata Hyuuga. Uma garota doce e gentil,
que está apaixonada pelo Naruto desde criança, um amor sincero (é sério, para
uma garota conseguir se apaixonar por um idiota e não esquecer este sentimento
por anos, mesmo ele estando longe por muito tempo, é amor verdadeiro). Ela uma
pessoa tímida, mas que no decorrer da série vai aprendendo a superar isso. Ela,
diferente da Sakura, sempre tenta apoiar o ninja loiro, e o adora de qualquer
forma. E mais: Hinata é linda e gostosa, ah, mas que deusa gostosa, e
sem dúvidas é muito melhor que a Sakura e deveria ser ela a personagem
feminina principal. E, claro, a candidata a ser a pessoa que vai ficar com
o Naruto (vejam nossa análise sobre isso).
Agora vamos para a trama, que eu sei que é a parte mais importante.
A trama de Naruto é algo difícil
de definir. Kishimoto de fato criou algo original, usando a temática “ninjas”,
que são um dos principais símbolos do Japão, e se não me falha a memória,
nenhum outro mangá ou anime antes tratou dessa temática, já usaram o outro
símbolo, que são os samurais.
O mais incrível é que temos uma
representação de diferentes atitudes humanas. O mundo deles é sombrio, está em
guerra, gente morrendo o tempo inteiro; em vários momentos vemos os ninjas mais
velhos dando lição de moral sobre o que é ser um shinobi de verdade e poucas
vezes essas lições trazem algum pingo de humanidade. Entretanto, não são raros
os momentos que vemos alguém chorando, se arrependendo de alguma coisa do
passado e voltando atrás de decisões (coisas que acontecem até com os vilões
mais frios). Talvez essa seja a característica que mais aproximou Naruto de
seus leitores: A contradição de sentimentos e emoções, e a representação do ser
humano. Claro que há alguns estereótipos, como a tsundere, a tímida, o frio charmoso, ou mesmo o protagonista fodão
que quer salvar a todos. Mas isso é a coisa mais normal de um mangá, ainda mais
de um mangá com mais de 10 anos de vida, ou seja, se fosse algo mais atual,
esse desconforto poderia ser maior. E estamos falando de coisas humanas.
Afinal, é normal que mudemos de opinião diante de determinadas situações,
tenhamos de escolher entre o certo e o errado, e corremos o risco de nos
arrependemos. Além disso, quando precisamos, nós tomamos atitudes inesperadas
de nós mesmos, e muitas dessas atitudes acabam sendo um gancho para nos
fortalecer, ainda mais em momentos de perigo. Levante a mão quem não é
assim. Pois é o que eu digo: O Universo de Naruto é bem próximo do
nosso.
Outro ponto forte em Naruto seriam
as lutas. Naruto, como um bom shonen, possui muitas, mas muitas lutas. O
conflito do qual o mundo está mergulhado seria a justificativa para tais
combates. É nessa hora que vemos os mais variados jutsus possíveis. Alguns afirmam, e eu concordo em partes com isso,
de que o declínio de Naruto se deu quando os jutsus começaram a virar um emaranhado de superpoderes, o que
descaracterizou um pouco os ninjas (que alguns já afirmavam estarem
descaracterizados devido às roupas coloridas tipo restart). Eu acho que não é bem assim, pois não teria sido só isso
que contribuiu para o declínio. Alguns poderes, de fato, são uns absurdos que
de ninja não tem nada, mas outros dá até para perdoar, ainda mais os das
bijuus, que por serem monstros da mitologia japonesa, os poderes acabam sendo
iguais em partes.
A crítica à Naruto se deve as
chamadas pontas soltas que acabam se resolvendo de um jeito tão simplista (do
qual os fãs chamam de “Kishimoto no
jutsu”). A trama possui diversos furos, personagens demais que acabam
ficando “deslocados” (ou seja, sem ter o que fazer), muita inchação de
linguiça, explicações mirabolantes e muitas vezes sem sentido, e algumas
questões que ficarão em branco. Mas eu acredito que há alguma explicação
para algum desses fatores. A verdade é que é quase impossível um enredo tão
detalhado e que se segue há tantos anos não deixar passar algo. E, se tem uma
coisa que mantêm Naruto vivo são os editores. Não só na Shonen Jump, mas em
qualquer editora vai ter aqueles que vão querer ganhar dinheiro com determinada
marca. É bem claro que a Shueisha iria querer manter o mangá durante tanto
tempo só para ganhar mais dinheiro, visto que já fizeram isso com Dragon Ball,
que deveria ter ido até o volume 16, mas por essas questões, acabou se
estendendo mais do que o autor planejava (e acho que o mesmo ocorre com One
Piece). E Kishimoto, talvez, tivesse de inventar algumas coisas. Se tem um
fator na série, do qual acredito que começou o declínio, foi depois de um arco
envolvendo a organização criminosa de ninjas renegados Akatsuki (que não direi
o que é, pois é spoiler; quem quiser saber qual arco é esse, mande uma mensagem
para mim ou faça essa pergunta nos comentários). Esse arco chegou bem mais
rápido do que o esperado, poderia ter sido um dos últimos, que mesclado ao arco
final, formaria uma coisa bonita. Mas não, o arco foi adiantado, e foi após o
fim dele que algumas coisas começaram a degringolar. Naruto havia perdido um
pouco de sua essência.
O traço do mangá é bonito. É
perceptível como Kishimoto evoluiu seu traço no decorrer dos anos, e o quanto
ele ficou bonito e mais bem detalhado. Eu particularmente parabenizado
Kishimoto por essa evolução gráfica. A Hinata, então, que ficou mais bonita
com o passar dos volumes. Naruto pode ser lembrado como um dos mangás com o
traço mais bonito que tivemos.
Considerações Técnicas – O Anime
O anime de Naruto segue a mesma linha do mangá. A diferença, obviamente, é o fato do anime ser tudo em cores e com cenas animadas. Não tem muito a comentar. Foi o anime quem apresentou o mangá. Ele se encontra dividido em 2 partes: Clássica, a primeira Fase com os personagens crianças e com apenas 220 episódios; e Shippuden, que já é a fase deles adolescentes, com mais de 300 episódios, e ainda está em andamento. Só para constar: Essa divisão só existe no anime, a fase “Shippuden” no mangá não existe. Quer dizer, existe, mas não com esse nome, se segue como Naruto mesmo.
O anime é legal pelo mesmo motivo
que adaptação de anime de um mangá ou novel é legal: Aquelas cenas de luta dos
quadrinhos acaba enfim ganhado movimentos e fluidez, deixa de ser algo parado,
com um monte de riscos para indicar movimento. Digo sempre que em maior
parte dos momentos o anime é muito superior ao próprio mangá, conseguindo
passar com muito mais clareza as sensações e agilidades das cenas que hora se
tornam cansativas nas páginas em preto e branco.
Mas o anime possui diversos
problemas, dos quais ajudaram a prejudicar bastante a sua imagem.
A começar pela enorme quantidade
de episódios fillers. Fillers que
podem ser descartáveis em uma possível futura “coletânea” da série, mas que
sempre mantiveram o aspecto do anime em sua essência. Mesmo ocupando
praticamente metade do anime e sendo alvo de xingamentos por parte dos fãs, não
podemos dizer que esses episódios foram simplesmente “largados” pelo estúdio. Uma
coisa interessante é sobre a produtora do anime, o Estúdio Pierrot (o
mesmo de Bleach, Yu Yu Hakusho, Tokyo Ghoul, Kingdom,
etc.) sempre costuma colocar muitos fillers em seus animes. É até aceitável
isso, visto que o filler impede o anime de alcançar o mangá. Mas foi dito por
eles mesmos que eles decidiram se tornarem especialistas em fillers, olha só o
negócio...
Tão vendo?
Mesmo assim, ainda tem coisas
legais no anime, mesmo com essa cagada toda. A começar pela trilha sonora. É um
mix de eletrônico, hip-hop e alternando com pop oriental e a música japonesa
clássica. Auxiliados por trilhas de cantores e bandas como FLOW, Ikimono
Gakari, Nico Touches the Walls e Asian
Kung-Fu Generation, o anime de Naruto possui uma das melhores composições se
pensarmos para séries com mais de 200 episódios. Um mix incrível de sons e
músicas, somado a perfeita dublagem, fazendo muitas vezes o próprio Masashi
Kishimoto sentir um pouco de inveja, provavelmente. Um índice de aproveitamento
estupidamente alto para uma série tão longa e semanal. Sim, a dublagem de Naruto é muito
boa. Vozes como Junko Takeuchi (Naruto), Nana Mizuki (Hinata), Chie
Nakamura (Sakura), Noriaki Sugiyama (Sasuke), e Kazuhiko Inoue
(Kakashi) ajudaram a dar vida aos mais variados personagens. Claro que não
posso me esquecer da dublagem brasileira, que apesar de criticada, eu até que
gosto. Úrsula Bezerra (Naruto), Flávia Narciso (Hinata), Tatiane
Keplmair (Sakura), Robson Kumode (Sasuke), e Élcio Sodré
(Kakashi) fizeram um bom trabalho na época em que ainda tínhamos o anime no SBT
e no Cartoon. Com a vinda do Shippuden para cá, acredito que eles terão o
mesmo desempenho de antes.
Comentários Gerais
Naruto acabou. Deixou para trás 700 capítulos, 72 volumes copilados, um anime ainda em andamento e com mais de 500 episódios, 10 filmes (três da fase Clássica e sete da fase Shippuden; o 10º sairá em dezembro deste ano), 9 OVAs (seis da fase Clássica e três da fase Shippuden) e vários fãs órfãs. Foram-se 15 anos que com certeza serviram de exemplo para as futuras gerações de mangás que tentarem chegar a essa marca. Em quanto tempo a Shonen Jump conseguirá colocar no topo de vendas da Oricon um mangá assim novamente? Seja Naruto e seus "Se Liga!", Sasuke e seu desejo por vingança, Kakashi e seu rosto misterioso, Sakura e seu amor platônico pelo jovem Uchiha ou Hinata e sua timidez e meiguice. Não importa como, de alguma forma esses personagens estarão marcados para todos que acompanharam esse mangá, talvez de uma forma diferente do anime, afinal a cada semana você sentirá falta daquelas 20 e poucas páginas em preto e branco cheias de movimento. Naruto se despediu do mundo dos mangás de cabeça erguida, essa é a verdade. O caminho, mesmo longo e cheio de tropeços, ainda sim valeu a pena.
Há
muito tempo um mangá não chegava a essa marca. Kochikame, há muito tempo a
ultrapassou, e One Piece fez isso há pouco tempo.
Naruto
é um recorde. Não é um simples mangá. É uma era inteira.
Um fato é que o dinamismo de Naruto é satisfatório em alguns
momentos, em outros não, empolga muitas vezes, e isso o fez alcançar a fama nos
dias de hoje. Muitos fãs da série estão espalhados pelo mundo, alguns poucos
ainda achando que o “fim” é só um boato que se espalhou. Mas não, acabou mesmo.
E deixou um grande legado nesse pequeno mundo dos mangás, queiram alguns ou
não.
Para quem gosta de um bom shonen de porrada, eis aqui um
bastante recomendável – contanto que você tenha muito tempo para isso. Não
tente assistir ou ler procurando comparar com semelhantes como Dragon Ball. Apenas assista ou leia. Gostar ou não
vai de seu critério.
O filme está vindo aí. Ele deverá cobrir algumas das pontas
soltas ainda deixadas. De qualquer forma, mesmo tendo acabado, só com o filme
poderemos dizer que enfim terminamos Naruto.
Obrigado
Naruto. Obrigado por esses 15 anos. Obrigado por ter me apresentado melhor o
mundo dos mangás e animes, e assim ter me tornado um otaku. Obrigado por fazer
parte da minha vida. Obrigado por tudo!
Missão
cumprida.
Por MIKA
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