E teve gente que ainda dropou.
Por MIKA
Toda temporada de animes que surpreendem. Alguns viram até
hits, visto o recente Shingeki no Kyojin e o amado (e também odiado) Sword Art
Online. Alguns animes, porém, acabam não virando hits, mas bem que mereciam. Tal qual Kamisama no Inai Nichiyoubi, um
anime que me surpreendeu e mostrou que anime bom não precisa só ter porrada ou
apelar para a pornografia! E aqui estou eu, gentilmente, escrevendo uma analise explicando o porquê KamiNai pode se considerar uma das grandes surpresas de
2013. Vale lembrar que este texto vai mais por minha opinião, por isso podem me
criticar nos comentários e dizer sua opinião sobre KamiNai. Vamos?
A história
Deus abandonou o mundo no Domingo. Como resultado, ninguém
no mundo pode morrer “naturalmente” ou se reproduzir. Uma garotinha, Ai, é a
coveira de um vilarejo. Ela preparou 47 túmulos para as eventuais mortes de
cada membro do vilarejo. Posteriormente, um homem que se identifica como
“Hampnie Hambart”, o “brinquedo comedor de homens”, que coincidentemente é como
a mãe de Ai disse que seu pai se chamava, chega ao vilarejo a procura de uma
mulher, e abate todo o seu povo. O que está acontecendo?
Considerações
Técnicas
AVISO: Terão alguns spoilers neste review.
Começamos falando que muita gente dropou esse anime no
episódio 03. Motivo? Hambart, o
“bonitão-protagonista” que é imortal morre neste episódio! Sim, o cara de
cabelos brancos disse que se tornou imortal no dia em que Deus deixou o mundo,
mas ele disse que morreria se tivesse momentos de felicidade. Bom, quando ele
surgiu no anime, muita gente começou a shippá-lo
com a Ai (normal shippar casais em
anime). Mas no episódio 03 veio a surpresa: A mulher que Hambart procurava era
a mãe de Ai, e ele é o pai dela! Depois de descobrir isso, ele tem momentos de
felicidade entre pai e filha com a Ai, e depois morre. Nisso muita gente ficou
reclamando, e droparam. Confesso que fiquei chateado, não por não poder shippar a Ai com o Hambart (até porque
seria meio que um incesto), mas porque eu tinha gostado daquele cara, e ele
morreu... Só durou três episódios, e em três, ele fez muita gente se apaixonar
por ele...
Eu decidi acompanhar o resto, mesmo com a morte do meu
segundo personagem favorito (era o primeiro, mas depois que morreu e apareceu
outro, ele perdeu esse posto) até porque eu queria ver como as coisas iam se
seguindo. Ai passa por um monte de lugares, encontra muitos personagens e só.
Aparece um tal de Kiriko, que muitos começaram a shippá-lo, mas não deu certo, pois ele tinha a Ulla...
Nisso notei que o anime tinha um problema: As coisas aconteciam rápido demais.
Personagens entravam e saíam, e eram aqueles que podiam acompanhar nossa
protagonista. Nisso, achei que o anime terminaria como uma grande bosta, mas aí
veio à surpresa.
Quando o Alis (ou Alice) entrou em cena, foi a mesma coisa
do Hambart e do Kiriko: Shippá-lo com a Ai (mania de todo otaku shippar o
protagonista com alguém). Eu achei que não ia dar certo de novo, até porque o
cara tinha uma garota chamada Dee atrás dele. Mas no último episódio, ficou
claro que ele e a Ai eram o casal principal, quebrando minha expectativa
negativa! Fora que foi revelado um monte de coisas surpreendentes que deixaram
muitos de queixo caído. No final, o cara estava para desaparecer, a Ai fica
chorando implorando para que isso não aconteça (nisso confirmava-se o casal
AixAlis) e quando o cara estava prestes a desaparecer... Pimba! As últimas
cenas do episódio final mostraram que a Ai conseguiu salvá-lo, mostrando que a
garota fez transmutação humana é mais poderosa do que imaginávamos.
A história achei muito bem escrita, começou bem, pecou um
pouco e conseguiu nos surpreender no final, mesmo este deixando você cheio de
dúvidas. Ainda sim, vale destacar que a animação me pareceu um pouco antiga, o
traço do anime me pareceu comum demais a ponto de que se eu não tivesse
assistido, poderia confundir seus personagens com de outros animes. Sim, o traço é bem característico dos
animes um pouco mais antigos, porém bem bonitos. Os personagens principais
são bem construídos. Os secundários, nem tanto. E as histórias são bem
contadas, mesmo passando bem depressa. Um belo trabalho feito pelas mãos do
competente estúdio MadHouse (o mesmo de Death Note, Nana, Chobits, HOTD). É uma animação
simples, mas eficiente. Yuji Kumazawa fez um bom trabalho como diretor, e
KamiNai tem uma das trilhas sonoras mais tristes que conheço. Não consigo não
me emocionar com o encerramento.
Comentários Gerais
KamiNai
fez um ótimo trabalho, provando que um bom anime não precisa te apelação ao ecchi para fazer sucesso (mesmo tendo
garotas, como a Scar e a Dee, de seios grandes e medianos e a nossa pequena Ai sendo
uma tábua), muito menos para uma série de pancadarias como vemos em muitos
animes da atualidade. Também mostrou que não necessita de comédia
para ser divertido, e que pode emocionar só com seu jeito de contar uma
história. Mesmo tendo alguns problemas, ele me conquistou de uma forma que não
consegui largar. Mesmo tendo uma pequena apelação ao Moe com a Ai, uma criança
de 12 anos que mostra ter um jeito muito fofo, KamiNai nos fez chorar pelo
passado de alguns personagens e o desejo de cada um. Alis nos mostrou que você
tem que ter cuidado com o que deseja, pois ele pode se tornar realidade, e
pior, tirar de você algo muito importante. Ai, por sua vez, nos mostrou que
devemos persistir em nossos sonhos e não se deixar abater por pequenos
obstáculos.
Enfim, KamiNai, devido as dúvidas que deixou, tem que ter
uma segunda temporada. Enquanto isso peguem a Light Novel
para acompanhar o resto história. Dizem que em um site chamado Google é
possível encontrar informações sobre ela. Aliás, um fato interessante: a light
novel já ganhou o prêmio Grand Prize, em 2009, onde seu autor também faturou o
21st Fantasia Prize. Merecido, não?
Por MIKA
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